É errando que se aprende!

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É errando que se aprende!

  • 16 | 01 | 20

O universo do empreendedorismo não é um dos âmbitos mais controlados e previsíveis que existem. Diariamente nos deparamos com desafios que nos tiram da nossa zona de conforto e nos fazem tirar soluções da cartola para que os problemas sejam resolvidos e as coisas voltem à ordem. Porém, nem sempre estas soluções são certeiras e algumas delas têm alguns respaldos que geram não conformidades em processos e métodos, causando erros que precisam ser gerenciados e corrigidos.

Para que estes erros e não conformidades sejam lidados da melhor maneira possível, é imprescindível que você saiba fazer uma correta gestão de erros dentro da sua empresa, para que as pessoas tanto sintam confiança em ter um espaço para que testem novas resoluções e saiam da sua zona de conforto e que saibam lidar com possíveis equívocos e situações inesperadas.


A importância de se poder errar

Um cultura que preze não apenas a ocorrência de erros, mas que também tenha um suporte para uma gestão apropriada destes erros, é o ideal para que os colaboradores de sua empresa se sintam confortáveis para saírem de sua zona de conforto e não se prendam às mesmas atividades que sempre existiram. O erro é uma característica humana e ele nos permite ter grandes oportunidades de crescimento e aprendizado

Quando pensamos em uma cultura de erros, é necessário trabalharmos uma mudança de mindset, que valorize um diálogo livre sobre equívocos que possam ser cometidos, afinal, errar não é um problema. Esta educação tem que ser para que a sua equipe não fuja de erros (e, consequentemente, de tentar sair de sua zona de conforto) e para que ela não seja punida por errar.


A gestão de não conformidades

Quando nos deparamos com uma não conformidade, é importante que toda a equipe saiba como lidar com ela, para que o maior número possível de informações seja absorvido e estes erros não voltem a ocorrer. Uma boa gestão de não conformidades está descrita na figura abaixo:

Na imagem encontramos que:

  • O primeiro passo seria o da identificação da não conformidade, em que iremos sentar e entender que aquilo foi um erro e que as coisas não estão de acordo como estava planejado para que estivessem;
  • O segundo passo trata da disposição imediata, em que os efeitos causados por este erro são imediatamente trabalhados para que não se prolonguem e nem gerem outras inconformidades;
  • Após isto, é necessário analisar as causas que levaram ao acontecimento deste erro e identificar a sua origem;
  • Identificadas as causas, é o momento de traçar planos de ação que tenham por foco atuar na resolução destas causas, para que elas não ocorram novamente;
  • Com os planos de ação traçados, é hora de colocar-los em prática e verificar a eficiência que eles têm na resolução do que foi encontrado e se os resultados estão de acordo com os esperados;
  • Por fim, a ideia é que haja uma padronização da correção aplicada, para que a não conformidade seja extinta e não volte a ocorrer.


Análise de não conformidades

Para se realizar a análise das não conformidades que podem estar presentes na sua empresa, é importante utilizar algum método para que a procura pelas causas que levaram a isto sejam efetivas e otimizadas. Para isto, há vários métodos que auxiliam na análise que deve ser feita e que trazem as respostas buscadas.


Um destes métodos é o método japonês chamado de Espinha de Peixe (ou Método dos Seis Ms), que diz que uma não conformidade provavelmente está fundada em uma das seis possíveis causas: mão-de-obra, material, máquina, medida, método ou meio ambiente.


Um exemplo prático da aplicação deste método é a seguinte: imagine um suco de laranja que apresenta um gosto azedo. Esta não conformidade do produto pode estar associada a: um operador que não está sabendo como trabalhar direito com a máquina que tira o sumo das laranjas; ou a uma leva de laranjas que realmente não estejam boas para o consumo humano; ou ainda por a máquina não estar operando bem; ou ainda por uma quantidade errada entre os ingredientes ou uma porção que não seja suficiente para o consumo; ou por o modo como as laranjas estão sendo espremidas não ser o melhor e mais adequado; ou por o ambiente de armazenamento do suco não ser o melhor para conservá-lo por mais tempo.


A ideia deste método é que a causa raiz do problema encontrado seja vista e tratada da maneira mais rápida e eficaz possível, para que o produto volte a ter a qualidade que se é esperada dele.


Conclusão

A importância de uma gestão de não conformidades (ou de erros) é visível e pode ser de grande valia para a resolução destes problemas, para evitar que eles se repitam e para estimular a sua empresa a não ter medo de errar e continuar saindo da sua zona de conforto. Erros não devem ser vistos como eventos punitivos e que decorrem em tragédias para a empresa, mas como oportunidades de crescimentos e de aprendizados, para que, num futuro, os erros possam ser outros e outra lições possam ser aprendidas e vivenciadas.


É importante ressaltarmos também que a ideia de se aplicar uma boa gestão destes erros é a de que eles não fiquem se repetindo e nem que sejam decorrentes de faltas de atenção. A intenção é que os erros sejam ágeis e que novos erros possam acontecer logo, para que o sistema seja aperfeiçoado o mais rapidamente possível, de forma a melhorar a operação no menor espaço de tempo possível.


Agora eu te convido a refletir: como anda a gestão de erros na sua empresa? Como os erros são tratados aí quando eles ocorrem e quais foram os últimos ensinamentos que você obteve a partir de experiências que não tiveram o final esperado por você? A gestão de erros nada mais é do que humanizar o processo e torná-lo o mais otimizado possível, visando sempre o desenvolvimento de tudo e todos que estejam envolvidos. Não tenha medo de errar!



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